O PESADELO AMERICANO: OU, O DIA QUANDO FICAMOS FORA DA COPA DE 2018
Autor: Andrew Milacci
Junho 2018,
Nas alturas da Copa,
E tem algumas pessoas
Na Ásia, Na Europa,
E nas terras americanas
Que fazem parte da tropa
Dos fãs que tiveram que ver—
Melhor dito, agüentar—
A triste realidade
Depois de anos de esperar
Que a seleção nacional
No pôde classificar.
Não pra você posso mentir;
Hoje é assim comigo
Que Estados Unidos
(Quase choro quando eu digo)
Não vai jogar na Rússia,
E pra mim é um castigo.
Muito se fala, não é,
Do sonho americano.
Mas, uma história vou contar
De um dia não cotidiano;
Sonho virou pesadelo
Em solo trinidiano.
Antes de começar aqui
De outros assuntos preciso
Comentar brevemente
E de um jeito conciso.
Pois com o passar do tempo
Melhor enxergo e diviso
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A realidade do que
Aconteceu nesse dia.
Era o último jogo;
Classificar a gente ia
A não ser que acontecesse
O que “nunca” poderia:
Que Estados Unidos
Fosse o jogo perder
E outros dois times, não.
Mas a sorte faz o que quer
Sem consultar nossos planos,
E por isso vou escrever.
É fácil ver os problemas
Quando se olha pra trás.
Mas o último jogo não é
A razão por quê tu não vais
Ver meu país na Copa.
Não, é muito, muito mais.
Você deve entender
Que no jogo anterior
A gente ganhou, goleando
O Panamá, sim senhor!
Essa vitória inspirou
A alma de cada jogador.
Então chegaram na terra
De Trinidad e Tobago
Com confiança brotando.
Mas aconteceu algo:
Por causa de chuvas fortes
O campo virou um lago.
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Não por isso perderam;
Não quero te confundir.
O time, quando o viu, postou,
No Twitter e Facebook
Críticas, proclamando,
“Não podemos jogar aqui ...
Que o campo inundado
Não deixa a gente treinar.”
Outra coisa fizeram
Que devemos mencionar:
Tiraram fotos do time
Que decidiram divulgar.
Era uma cena engraçada
Para aquelas pessoas,
Ver jogadores tão “machos”
De uma maneira tão frouxa
Sendo levados assim,
Carregados nas costas.
Tudo era brincadeira
“Não queremos molhar os pés.
Por isso faz sentido
Ser carregado, ao em vez
De tentar pular a água.
Seria uma absurdez!”
Então o time todo
Menosprezou o estádio
Do campo de futebol
De Trinidad e Tobago,
No meio da estação
De chuva e clima pesado.
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A outra nação, quando viu,
As ações dos jogadores
Se ofendeu foi muito
E entrou em furores.
Disse que o jogo seria
Pros outros, noite de horrores.
Era isso mesmo, digo eu,
Noite para esquecer.
O orgulho dos Estados
Se tornou em entristecer.
Os do outro time jogaram
Para vingança, pode crer?
O jogo, por fim, começou
E rápido percebi
Que a seleção que torço
Jogava sem qualidade.
Melhor dizer que jogava
Sem muito interesse.
Parece que pensavam
Em junho 2018,
E não nesse momento,
Que determinava muito:
No minuto 17
Um gol contra fortuito.
Eu acho que o choque
Foi tanto que abalou
Os norte-americanos.
Outro gol a gente tomou.
2 a 0, acredita
Que o sonho da copa voou.
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Passado o primeiro tempo,
Voltando do vestiário
Estados Unidos correu
Atrás do sonho precário.
Um gol deu esperança,
Aos “tatuados milionários”.
Pelo resto do jogo
Lutaram para ganhar
Mas a Copa cada vez mais
Parecia se afastar.
Depois do segundo tempo
Ninguém podia acreditar.
Perdemos um jogo que
Não podíamos perder.
Por causa da ambivalência
O time teve que sofrer
A dor de não ir pra Copa
E todos os fãs também.
É uma coisa que não esqueço
Especialmente agora
Quando 32 times
Estão jogando a cada hora,
Pois já começou a Copa
Da que ficamos fora.
Não sei se os jogadores
Tinham como certo o ganhar.
Mas, se você não percebeu
A lição é, vou te contar,
O jogo não termina
Até o apito apitar.
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Então é isso galera
A história do flagelo,
Dos Estados Unidos,
Impresso nesse prelo:
Não é sonho americano,
Mas antes pesadelo.
​
Fim.
​
(não é permitido copiar ou divulgar sem permissão do autor)